Essa é a história do lendário
Sargento Pazim

    Os Pelotões de Operações Especiais, existentes em apenas algumas unidades estratégicas do  Exército Brasileiro, constituem forças de pronto-emprego para atuar em situações não-convencionais e críticas, que requerem ação direta e tática para resultados bem definidos, visando um alvo específico. Podem ser empregados na interdição de linhas de comunicação, localização, captura e resgate de pessoal e/ou material, destruição ou neutralização de instalações e equipamentos, missões de assalto, reconhecimentos, emboscadas e outras operações de risco físico e, às vezes, político, exigindo militares com autonomia ou independência para agir.

    Altamente especializados e adestrados, esses pelotões são formados, basicamente, por militares combatentes voluntários que se submetem a um rigoroso processo de seleção.  Os militares ao final incorporados ainda se sujeitam a um contínuo treinamento e muitos não suportam os rigores, desistindo ou sendo afastados por inaptidão. Outros que são identificados como mero aventureiros, tornam-se um risco para si e para os companheiros, por suas atitudes inconsequentes ou pelo exibicionismo gerado pela nefasta crença de que se tornaram melhores do que os outros, também são igualmente afastados antes de chegarem à sua total qualificação. Desse modo, aqueles que permanecem são profissionais distintos que provaram sua integridade de caráter, vigor e eficácia.

  O adestramento é baseado na doutrina das mais poderosas forças internacionais (SEAL, UDT, Spetsnaz, Rangers, Mariners, Special Forces, Commandos, etc) e compreende o aprendizado das técnicas de mergulho para operações anfíbias, montanhismo, paraquedismo, infiltração, espionagem e contraespionagem, antiterrorismo, guerra na selva, guerra psicológica, demolições, tiro de escol para franco-atiradores, resgate, pronto-socorrismo, neutralização de alvos, combate corpo-a-corpo e uma série de outras operações. Os treinamentos são realizados em diversos pontos do território nacional para capacitar os militares a operarem em qualquer clima, em montanhas, no pantanal, na selva amazônica, na caatinga, em zona edificada ou em qualquer outro ambiente hostil. E, não menos importante que a prática contínua e exaustiva, o conhecimento teórico das atualizações tecnológicas dos equipamentos e técnicas de operação, completam a formação dos seus integrantes, que adquirem noções aprofundadas nas áreas da Psicologia Aplicada, Telecomunicações, Mecatrônica, Lutas Militares e Balística, dentre outras.

    A característica peculiar desses pelotões é o seu modo de operação. Diferentemente das tropas regulares, empregadas em grande efetivo, esses pelotões, quando colocados em ação, operam em pequenos grupos ou, algumas vezes, destacam profissionais isolados para cumprirem missões específicas. Por isso, os seus integrantes distinguem-se dos demais militares em geral porque são qualificados para combaterem sozinhos e cumprir tarefas que, certas vezes, toda uma Unidade não é adequada para resolver.